sábado, 2 de abril de 2011

Telefonema

Quando o número desconhecido apresentou-se, não tive dúvidas e soube, desde o princípio, quem era que me ligava. A voz grave e rouca do outro lado apenas confirmou a certeza indubitável. Era ele, com seus olhos de flora viva, banhado pelo sol acima do trópico, para me declarar (e firmar) saudades.
As ondas dos meus olhos de mar vibraram e seguiram batendo rente à palidez da minha pele e dos momentâneos fluxos róseos que cada "amo você" fizeram aflorar de minhas bochechas.

"Me transportar em pensamentos
Seguir o rumo dos ventos
Tentar explicar o inexplicável
Mudar o sentido da razão para o provável
Encontrar o horizonte contente pela tua existência..."

A distância que nos separa hoje vai ser combustível para nunca mais deixar morrer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário