terça-feira, 29 de março de 2011

a. (b.)

b.
 um passarinho baixinho e marrentinho me contou que tem alguém rabugenta de tpm essa semana
 e eu me pus a sorrir imaginando que tu deve ficar linda assim
 saudade, te amo (ainda que longe)

a.
Comprei o sabonete da marca Dove, porque ALGUÉNZINHA usava...
É o primeiro cheiro que sinto logo que acordo de manhã... (uma vez era o segundo, já que o aroma de café inundava o quarto ainda antes de acordar).
 Outro dia fiquei ali na frente do teu prédio com o T.; ambos olhando pra imensidão negra da noite acima do cemitério.  Até ri sozinha daquele poste baixinho, pintado esquisito, parecendo um marlboro tamanho família.
 "Saudades" é muito genérico para demonstrar o verdadeiro valor do que essa palavra realmente significa pra mim hoje.
 Te amo  (L)

sexta-feira, 25 de março de 2011

Descompasso

As férias que eu quis apareceram no momento mais inesperado do meu sentir: em meio a confusões de sonhos e aprimoramento de conhecimentos científicos, encontrei-me embebida em um abraço (aparentemente) eterno. Apesar dos olhos fechados decorrentes de um sono cansado, a cútis assistiu todo o deleite de estar naquele ambiente tão familiar e repleto de histórias particulares.
A casa na praia do meu verão não possui rastros de mar - a não ser aquele fixado no horizonte dos meus olhos. O sol é mais forte quando o relógio desperta meia-noite. A sincronia da dança só exige a música de nossas bocas e do (ainda não traçado) caminho a percorrer das gotas de suor. A areia morre no tapete...
Finda o domingo da minha quinta-feira. Volta a rotina a soprar os deveres do ontem, a perseguição de objetivos, a busca pelo reconhecimento de algo além do que vem dentro de mim. As faces corpulentas da dicotomia entre o sentir versus sentir.
De mar, só o céu com seu trajado de nuvens...

segunda-feira, 21 de março de 2011

Sala de Aula

(05/01/2011)
E eram quatro, naquela sala, a ressaltar vida sobre a minha atenção. Uma morena, um loiro, uma loira e um moreno. Os quatro unidos em carteiras duplas, sérios, escutando as explicações do professor...
O loiro era visivelmente mais novo e cochichava qualquer jogo de palavras no ouvido da loira que, muito concentrada, escrevia. Os rabiscos contidos naquele papel misterioso passaram aos olhos da morena, que deixou sua caneta correr uma reflexão complementar para o moreno ler. Findando as leituras, todos se olharam e balançaram a cabeça, concordando em conjunto, seguindo um sorriso.

Éramos quatro e éramos os mais felizes, no nosso tempo de escola...

quarta-feira, 16 de março de 2011

Carta ao que tenho em mãos.

Encontro-me em querer definir-te, vida... Sanguinária, mordes-me a mandíbula e rasgas minhas costas com teu peso - que não desejo deixar de sentir -, além de insistente  em desordem  ao arranhar as coxas, descobrindo que podes sentir o aroma de minha nuca durante meu sono. Fitas-me os olhos de maneira insistente... mesmo que eu queira procurar pedras entre a areia da praia ou imaginar os volteios do vento refrescante na noite sem neblina.
Do que eu deixei para trás, só tu te atreves a cuidar para que volte - ou não - em momento certeiro de predestinação: meu caminhar até o fim paciente e amargo. E sorrir para um mundo sem cores, tatear tuas mãos insensíveis para minha cegueira, abraçar-te como a nostalgia corrosiva que me habita... permite que deixe as relembranças de que passas por mim e marcas-me com brasas que não ardem...
A propósito das asas que descobri ter... obrigada por se unir a elas, vida, e lançar-me no mais alto do firmamento, de encontro aos sonhos que pensei que não tinha. Inesperadamente, meus olhos vazados, não podendo enxergar, conseguiram sentir o brilho do que é, verdadeiramente, a grossa nuvem escura que outrora chamei de "Sol".

segunda-feira, 7 de março de 2011

A união azulada de nossas íris deixaram para a noite da estrada percorrer a saudade de cada intenso momento em que existes na minha vida (presente ou não). Quis as coxas anêmicas me dando apoio feito travesseiro... deixar o vinho confundir as pupilas... me permitir a paz que só tu me trouxeste em tão pouco tempo de convívio, em tantos anos de presença em mundo.
A felicidade de te rever iguala-se à tristeza de te ver partir.

"The scars of your love remind me of us
They keep me thinking that we almost had it all
The scars of your love they leave me breathless
I can’t help feeling"
("Rolling in the deep" - Adele)