segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Simplemente.

Ele é o único que mantive o nome fiel nos meus escritos. O único. Não sei exatamente o motivo, mas assim foi. Depois de exatos dez anos, eu estou aqui, deitada nos braços dele. Olho ele dormir, sinto o corpo dele aquecer o meu, respiro o cheiro que a pele dele (branquinha!) exala. Poderia passar a minha vida toda aqui... Quero passar a minha vida toda aqui.
A matiz do verde do olho dele, eu nunca vi em lugar algum. Hipnotizou-me. O sorriso dele me dá vontade de sorrir também. Ele me trouxe uma vontade de viver que eu nunca senti, nunca achei que pudesse ter.
Danilo me ama como se eu não tivesse defeito algum, mesmo estando recheada deles. Ele passa os dedos pelos meus cabelos, meu rosto e, em silêncio, diz que me ama. Me ama com o cerrar lento de pálpebras, me beija com as matizes da íris, me inunda de tanto sentimento bom que eu, secretamente, tatuo por trás da minha retina cada detalhe dele e ele sequer desconfia.
Repito: nunca me senti assim. Em dez anos, colecionei cicatrizes, quedas, ardências... E Danilo vem e se entrega em um amor incondicional. Ele me protege: é meu anjo. Vem e me afasta de tudo, me faz esquecer que algum dia sofri. E eu amo esse homem de uma maneira que nunca pensei ser possível; amo e me entrego sem medo algum, porque eu sempre fui dele e isso jamais vai mudar.