segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Mini-história

Eram anos em desconhecimento quando, de repente, se reencontraram em um verão. Passou outono, inverno, primavera... outro verão que findava e ela, num surto de felicidade incontestável, o abraçou e disse, com olhos transbordando vontades, "Menino, casas comigo, não é?". Ele, em silêncio e cabeça baixa, negou-lhe as palavras que a mocinha queria ouvir; ao mesmo tempo, ao pé de seu ouvido, seus lábios encostaram em carne para sussurrar "Não antes de ter certeza que queres ser minha, pequena."
Os dois passaram juntos ainda muitos invernos, outonos, primaveras e verões.
Honestamente? Eu, em meu particular, acreditaria no que ainda está por vir.. mas o amor um dia morre e se deteriora junto com os corpos - parque de diversões para larvas e fungos - enquanto as estações perduram sob os desejos descomedidos de enamorados bestas.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

How high is the sky?

Pronto. Admito: tenho saudades. Tenho saudades e quero te ver e te ter e te beijar e te cheirar e me entregar. Em tempo integral.
Através de união de palavras, olhares, toques, lábios e línguas, silêncios... a minha confusão frente ao que tu sentes; teu esconderijo atrás de uma máscara dourada e mal polida: essa incógnita da timidez. Cada demonstração contida me engloba em agonias e elementos volitivos incomparáveis.
Sim! É para ti que me disseste que desejavas dormir com meu rosto encostado no teu peito, enrolados em nada, apenas em um enlace envolvente de pernas - admirando o dia amanhecer. [referência] Sim! É para ti que me sustentas o peso morto do corpo apenas com um sorriso brando, mesmo que no escuro.


Contigo, aprendi a ver o dia começar, me trazendo mais satisfação que o pôr-do-sol envolto por águas... Se tudo inicia bem, como pode terminar mal?
("How much do I love you? How high is the sky?")