Não tem o que dizer. Nunca tem. As pessoas somem e está
tudo bem. O outro lado da linha é logo ali. E está tudo bem. Dizem. E nós tentamos nos convencer de que realmente está TUDO bem, mas nunca está; muito menos dessa vez.
A rotina que nos engole faz os que ficam tropeçarem. E aqui está: o desespero dos que ficam! Dos que enxergam. Que não conseguem. Que não entendem.
A abstinência dói e nos sufoca tanto quanto o sorriso que não surge. O único conforto é o silêncio. Compartilhado. Mas, de repente, depara-se com a casa desarrumada e todos os pequenos detalhes que permaneceram antes de.
A dor é dos que ficam. A tristeza é do que ainda poderia ter vindo e não vai mais acontecer. Nunca mais. O conformismo não vem: transborda peito afora e aflora em lágrimas tombantes. Retumbam na memória as vozes e a doçura de ser. De ter sido.
A dor é dos que ficam.
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