Realizei, finalmente, meu cemitério
Lugar onde enterrei este lúcido corpo
De onde não saíra mais nenhum outro morto
Leito gloriosamente frio e solitário.
Dessa solidão, deposito em meu arredor
Tantas dores, lágrimas e, ainda, confusões.
Aqui, deitei para findar certas ações
E fingir que nunca matei meu único amor.
Realizei meu cemitério, finalmente!
Basta procurar a palidez com veias
No deserto onde a neve é tecida em teias!
Tornei-me feia aos teus olhos, creio tristemente...
Perdi a vida, coagulou o sangue, terminou o ar...
Agora que estou morta, vens me visitar?
Quando eu voava como um passarinho
ResponderExcluirMe aproximei
Tentei o aconchego do teu ninho
Me machuquei
e agora que não posso mais voar
faça a caridade e termine de me matar.
gostei do teu soneto!