sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Certamente têm nuvens que, caso eu decidisse deixar amparar meu corpo, me fariam quicar e voltar, assim como criança pulando em cama elástica, ou eu, apreciando a cama dela. Há uma magia rupestre nas coisas que nos incitam a analisar a vida sob a visão de crianças despreocupadas.
A janela tem resquícios do que se passou de madrugada em meio a tantas turbulências e falta de sono. Pontos de congelamento simulando o desenho de um grande floco de neve. Por trás, várias aglomerações urbanas distribuídas no meio daquela imensidão verde da campanha. A França, que me esperou por tanto tempo voltar, já me tem. Se ela está feliz com isso ou não, decide-se em outro momento.
E nado novamente por entre os flocos de algodão doce, tão brancos quanto as nuvens dos meus sonhos.
(02/dez/2010)

3 comentários:

  1. Quem viaja até as nuvens descobre o céu, que por sua vez declara acima dele o infinito e a eternidade. Tudo fica pequeno, e na imensidão vem o torpor e somos acalentados pelos nossos sentimentos dissolvidos em nuvens. Desceste como neve caindo sob o olhar do firmamento, aterrissou em campos verdes, derreteu, e agora já fazes parte deles.

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  2. CALOR FEDIDO!

    (desculpa estragar tuas palavras, mas esqueceste do final haha)

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