sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Constitucional (PARTE 1)

Era uma vez um giz amarelo...
E ele sonhava em se tornar um giz branco, pois o branco era tratado com respeito, utilizado por pessoas sérias; já ele era uma piada, da cor que as pessoas menos gostavam. Cor de urina.
Um dia, ele foi conversar com o giz branco para descobrir o segredo do sucesso... , porém o giz branco nem sequer falou direito com ele: não conversava com gizes inferiores, que eram de outras cores. Decepcionado, o giz amarelo se afastou envergonhado pela sua cor. Quando estava próximo do seu lado do quadro negro, ele se viu cercado pelo giz branco e seus outros amigos brancos.
De repente, o giz branco gritou "QUEBREM ELE!", e todos juntos atacaram o indefeso giz amarelo. Ele tentou se defender, mas foi inútil. Quando eles terminaram, ele não passava de poeira.
O quadro negro, que fora testemunha ocular do crime doloso quinquamente qualificado, resolveu vingar a morte do amigo colorido, responsável pelos sóizinhos com rostinhos felizes. O quadro negro jurou morte lenta aos gizes brancos.
Ele contratou um profissional para o trabalho, já que havia pouco que ele pudesse fazer. Pagou o apagador para que ele vingasse o seu amigo.
Na calada da noite, o apagador fez o seu serviço. Usando das suas partes de madeira, quebrou cada um dos gizes brancos. Mesmo que eles tentassem fugir, o apagador seguiu seus rastros de giz e os apagou de uma vez por todas.
Não adiantou. A administração da escola comprou mais um pacote de gizes brancos. O quadro negro chamou seus amigos giz rosa, azul e verde para travar a revolução mais sangrenta de todas!

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