quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Bom dia, Alice!

   Bom dia, xícara de café fumegante! Hoje, talvez, seja um dia melhor, sabe? *pléft* (Caiu da minha mão o açucareiro e se espatifou no chão). Éhm... bem, talvez não...
   Limpar açúcar é uma meleca. Respirar também: meleca de nariz. Morrer inclusive: meleca por todos os buracos.

   O telefone que não toca? Foi uma escolha minha, mas saiba que eu sempre olho todos os postes. Aliás, aqueles sonhos abaixo do sereno estão guardados e não descartados. Nunca serão descartados.

   Não há mais metáforas para Alice. Os espelhos, assim como os encantos, se quebraram e ouvi dizer que isso significa sete anos de azar. Se azar denota ver aquele breve raio de esperança, então quero quebrar espelhos a vida toda.
   Respirar dói, lembrar dói; a mão sangra, a perna também... Mas eu ainda sou tudo isso que os vampiros de mentirinha conhecem, por trás da história inventada. Família é importante, mas não vai nos erguer: a força vem das nossas pernas definhadas, secas, gravetos, do âmago murcho e do coração que, inexplicavelmente, não desiste nunca de se contorcer em sístoles e diástoles.



   Talvez tudo seja bem mais simples do que eu romantize, mas essa merda de ponte razão-emoção faz não ser. Por mais perdida que eu esteja, mais no meu mundinho de Alice eu me encontro.
   Florbela uma vez disse: "um engano feliz nos vale bem mais / que um desengano que nos custa tanto."

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