quinta-feira, 8 de junho de 2017

Augusta

   Andávamos enquanto desviávamos da sujeira da rua, das pessoas estranhas (acompanhadas, mas tão tão sozinhas). Ouvimos os sons das gargalhadas dos bêbados e drogados, bem como presenciamos o silêncio dos que ainda não foram e que ainda esperam. Caminhamos no nosso ritmo e eu vi um bar a céu aberto de pessoas que não sabem mais a que mundo pertencem. Dançamos e rimos por aquela rua tão famosa a alegria que nenhum ébrio seria capaz de entender. 
   Alguém uma vez disse que "os bares estão cheios de almas tão vazias". Entendi.
   Adentrei na Avenida sem saber que pisava nela. Gostei do que vi ao mesmo tempo que não gostei do que vi; amei estar ali. E tinha que ser com ele!
   Concordamos sentir saudade dos tempos em que a rua se dividia em tribos e que, mesmo não estando presente, eu estava contigo, de moicano colorido e pregos pelo rosto. Algumas coisas mudaram, mas não o barulho dos nossos coturnos no asfalto. Nós continuamos sendo quem fomos e a cada quadra eu te amo cada vez mais.


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