sábado, 25 de abril de 2015

Strike!

A semana se preenchia daqueles dias recheados de névoa. Era quinta-feira - o final da semana se aproximava -, mas a sensação era de que iniciava-se, com um certo pesar triste, a jornada dos dias úteis. O peso da rotina de acordar-trabalhar-estudar-dormir cada vez mais denso. O desejo íntimo era apenas de, ao final do dia, permanecer naquele silêncio só nosso.
Não era tão frio quanto parecia ser e eu realmente não fazia ideia para onde ele resolvera me levar. A noite começou naquele momento em um calhamaço de surpresas recheadas de boas sensações. Ele conhece meus gostos e trejeitos a ponto de, após tantas risadas na pizzaria, me fazer cruzar uma porta de vidro giratória.
Lá estávamos, Johnny e June, jogando bolas de boliche em direção aos pinos. Um contra o outro. A rivalidade deliciosa confundindo-se com a partilha da alegria a cada acerto. Fazíamos parte do mesmo time.



Estar em um relacionamento é simplesmente perceber que os presentes ganham-se todos os dias, em cada sorriso, gesto e beijo, e não em datas comemorativas clichês. Surpresas não são obrigações. Sentir não é digno de nota fiscal. 
Aquelas cores todas que eu aprendi a ver com ele? Ainda as enxergo e, inacreditavelmente, ainda existem matizes novas. 

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