sábado, 20 de setembro de 2014

Anoiteça e amanheça eu.

Era domingo, manhã, dia bonito. Pelas pálpebras fechadas, sentiu os raios finos, sinceros e dourados do Sol atravessando a veneziana fechada - que mantinham o quarto escuro - iluminando a lembrança colorida na memória. Percebeu uma breve agitação: ele havia acordado. Devagar, Alice abriu o mar dos olhos, sem ressaca, e fitou o rosto de Lestat. Ele a olhava com tanta doçura e de uma forma tão mansa, que o corpo dela e seu coração e seu sorriso vieram a transbordar.
Envergonhada, Alice puxou as cobertas até tapar toda a cabeça. Sorrindo, ele puxou a menina para bem perto de si. Fez-se travesseiro ao aninhá-la em seu peito. Calmamente, os cobertores foram descendo e reapareceu a tez rosácea das bochechas dela a fim de contemplar as pequenas covinhas que se faziam tão presentes nele quando, finalmente, aceitava a felicidade.



Não era necessário falar, jurar ou pensar qualquer palavra, situação ou expressão para entender o que seguia acontecendo. Ele estava ali e ela também estava.

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