"Eu queria ter uma câmera escondida no exato lugar onde as quedas ocorrem para ver como eles fazem. Eu queria ter os últimos minutos deles, tentar entender o que passa pelos olhos quando percebem que tudo acabou. De verdade. Para sempre. Tudo, menos a vida. O último momento. O final. Quando, pela primeira e última vez, não há mais chão. Quando não existe mais volta. Quando a queda apenas começou. Eu queria descobrir se, nesse último respiro antes do salto, ele se arrependeu. Eu queria saber se foi falta ou lucidez demais."
CANEPPELE, Ismael. "Os Famosos e Os Duendes da Morte". São Paulo: Iluminuras, 2010.
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