sábado, 25 de agosto de 2012

Queda livre.

"Eu queria ter uma câmera escondida no exato lugar onde as quedas ocorrem para ver como eles fazem. Eu queria ter os últimos minutos deles, tentar entender o que passa pelos olhos quando percebem que tudo acabou. De verdade. Para sempre. Tudo, menos a vida. O último momento. O final. Quando, pela primeira e última vez, não há mais chão. Quando não existe mais volta. Quando a queda apenas começou. Eu queria descobrir se, nesse último respiro antes do salto, ele se arrependeu. Eu queria saber se foi falta ou lucidez demais."



CANEPPELE, Ismael. "Os Famosos e Os Duendes da Morte". São Paulo: Iluminuras, 2010.


Nenhum comentário:

Postar um comentário