sábado, 3 de setembro de 2011

Partout, (mon) soleil.

O Sol trouxe aquele ar de (quase) primavera: frágil, saltitante. Senti que o perfume que me acompanhou já não resvala junto ao vento. Não te sinto mais por aqui... nem tu, nem tua falta.
A luz mexeu na minha íris, desembaraçou o embalo dos meus cabelos, entrou por baixo da minha blusa, te apagou da lembrança. O mar ondulou os meus traços em suas ondas, enganou a espuma no sal da minha pele. Desabrochou em mim a felicidade única de te abandonar onde tu quiseste desaparecer.
O horizonte, fixado atentamente pelos olhos sépia de Ernesto, coloriu-se em matizes azuis alaranjadas, enganou a bruma, me forçou a respirar.. finalmente.

Sigo desfrutando tal experiência única, todas as manhãs, os raios dourados no meu íntimo. Ladainha.

Um comentário:

  1. Tenho certo ódio a fazer coisas sob pressão. Comentários pressionados em blogs me fazem falar merda. Mas vou tentar, de coração.

    Deixar de sentir falta de alguém pode ser por dois motivos, sendo um bom e outro ruim.
    Bom é quando deixamos de lado uma pessoa que não nos faz bem, enquanto mal é quando deixamos de lado uma pessoa que acreditamos nos fazer mal, porém está fazendo bem. E entre os dois lados, não há um Muro de Berlin, que separa dois opostos, mas sim uma fina membrana celular que permite osmose.
    E o mais engraçado de tudo isso é que jamais teremos a certeza de termos feito a escolha certa. Mas a verdade é ainda mais intrigante: decidir escolher é muito mais importante do que escolher certo ou errado.
    FIKDIK.

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