sexta-feira, 24 de junho de 2011

Hors de Question.

Já não tem mais definições. É só um corpo atirado de qualquer maneira, sofredor, em meio a um colchão ruim. A palidez seletiva das moscas, um lacre semi-rompido na visão. Era um corpo e nada mais.
Do que serve falar do sorriso que dava, do olho que brilhava ou da pele que incendiava?
Ficou ali, estatelada como morta: ninguém teria capacidade de erguê-la, de limpar suas feridas, de sentir algo por aquilo que representava naquele instante.
Quis ser bonita e perdeu o controle na altura do seu salto. Quis casar, mas cansou de deparar-se com a Sra. Insatisfação negando-lhe os sonhos. Já não tinha controle sobre a febre, a regulação da intensidade da cefaléia.
E do jeito que caiu, ficou. Ninguém jamais se questionara. Empecilhos trazem sorrisos junto às dores - ninguém sofre sem delírios tortos.

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