domingo, 22 de maio de 2011

La vie en rose

Não é o que diz respeito às coisas que ficam ou às coisas que somem... São mundos que se encostam, deprimem, abalam... A dicotomia exagerada de extremos sem intercalações.
A paz encontrada no sono eterno estremesse a vida dos que ainda enxergam. Rolam as lágrimas por sobre as flores que apodrecerão junto ao novo leito.
Não é querer explicar como se deve dar valor às coisas que temos. A apreciação de cores, sons, sentimentos... "Como se não houvesse amanhã..."

Não vi rostos pálidos, entreguei-me em abraços calorosos, esgotei minha força e energia a fim de tentar erguer àqueles que sofriam. E todos, sem exceção, carregavam pesadamente o ar da dor: as faces contorcidas e molhadas, as mãos insatisfeitas de mexer com nós, os olhos mortos em uma única direção... a incompreensão óbvia da efemeridade.

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