segunda-feira, 9 de julho de 2012

Quarta-feira

Sempre teve aquele Sol amarelo e quente preso em um plano de fundo sem nuvens. Brisa carregando os cabelos da mocinha, descobrindo seu rosto. Os olhos dele atentos à paisagem bonita de grama verde - perdidos até onde a alma não pode alcançar. Os raios, na íris turquesa dela, direcionando as expectativas para a escuridão dos olhos dele.
As tranças de dedos palpitaram o miocárdio. Sorriso visivelmente calmo, feliz, entregue. As palavras mudas reproduzindo-se do rosto dela para a pele dele: contato de veludos em atrito... de-va-gar! Os arrepios inalando feromônios escondidos atrás do álcool dos perfumes.
A cada minuto que chega, tomba a tristeza do minuto que passou. A timidez da menina pende a cabeça  no ombro do moço. Cada qual, então, com seu pensamento - talvez distinto, talvez equivalente - a ecoar pelo movimento mecânico da respiração.


É insubstituível sentir.

Um comentário:

  1. Quando era pequeno, sabe cidade de interior. Meu avô tinha um armazém.
    Doçes.
    É a minha melhor lembrança da infância, lá tinha de tudo.

    Tudo o que uma criança adoraria para ser feliz.

    Sabe quando nossa boca fica salpicada de açucar confeiteiro de tanto comer sonho? Acho que nossa vida é feita disso: lembranças felizes.

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